ALICE 10 ANOS

Ela é linda por dentro e por fora

É esperta

É divertida

É organizada

É zuerinha

É nenem de mamãe

É inteligente

É boa aluna

É animada

É boa confeiteira

Boa filha

Boa amiga

A irmã preferida do Dedé

A melhor companheira que eu podia ter

Ela faz a minha vida ficar melhor

Ela me faz companhia, sempre

As vezes me faz raiva

Me faz muito feliz

Me enche de orgulho

E de um pouco de preocupação

Ela enche meus dias

Minhas horas

Meus anos

Ela enche meu coração

Do maior amor que eu já senti na vida

E hoje ela faz 10 anos.

10 anos que a vida mudou de significado

10 anos que a vida encheu de significado

10 anos dessa aventura maluca de ser e não ser, de transformar, mudar e continuar a mesma por você, com você, por mim, por nós

10 anos que nós estamos nessa jornada incrível de deixar de ser uma pra ser duas, tão juntas, tão separadas, tão iguais e tão diferentes

Alice, querida, ser sua mãe é o melhor presente que eu poderia querer

Já te falei isso milhares de vezes e deixo aqui o registro público pra posteridade: se eu pudesse escolher uma filha, eu escolheria você, mil vezes você, do jeitinho que você é, sem tirar nem pôr.

Obrigada por ser você.

Só eu sei, quanto amor, eu guardei para você. Só tinha que ser com vc.

Bom dia, meu amor.

Bem vinda à segunda década da sua vida.

Tenho certeza que será tão incrível e desafiadora como a primeira.

Mamãe.

O dente, a menina e os ciclos da vida

 

Alice perdeu o primeiro dente de leite hoje. Ela me perguntou se eu ia escrever isso no meu blog e sem querer me deu uma boa ideia, rs…

O dente já estava mole há alguns dias (semanas?) e caiu da maneira mais simples e comum possível: ela mesmo o arrancou quando ele estava mole o suficiente. Mas o fato interessante é o que precedeu a queda do dente: muitos meses de agonia e expectativa por um fato que, na concepção dela – e talvez de algumas outras pessoas, já devia ter acontecido.

A questão é: Alice tem 6 anos e meio e, não sei se você sabe (se não tiver filho nessa idade, provavelmente não sabe), nessa idade as crianças já costumam ter perdido o primeiro dente. Eu não vou dizer que TODAS as crianças perdem o primeiro dente antes dos 7 anos, mas acho que dá pra dizer que a maioria passa por esse momento lá pelos 5 / 6 anos. Eu mesma cheguei a dizer a ela, quando me perguntou pela primeira vez quando iria perder o primeiro dente, que deveria acontecer entre 5 e 6 anos. Mas ela fez 6 anos… e nada. E fez 6 anos e 1 mês. Fez 6 anos e 2 meses. 6 anos e 3 meses… 6 anos, 6 meses e 5 dias…já deu pra imaginar a ansiedade não é?

O ponto é que não havia o que se fazer. Ou havia? O dente de cima está amolecido há alguns meses. Ele não é o primeiro a cair, via de regra, mas como ela sofreu um pequeno acidente há um ano atrás, os dentinhos de cima ficaram abalados e um deles está “meio” mole já tem uns 6 meses. E ela esperando ele cair. Fomos na dentista, que disse que estava mesmo amolecido e eventualmente iria cair… a qualquer momento. Ofereceu para tirar, com uma pomada anestésica… mas achamos que era melhor esperar cair sozinho. Vamos aguardar. E continuamos aguardando.

Mas eis que, de um dia pro outro o dente de baixo (ué! mas ele não estava mole!) amoleceu de vez, ficou dependurado… estava quase caindo. Isso sim é um dente mole de verdade. E uma semana depois, após o incentivo da professora de ginástica olímpica, o tão querido dente foi retirado por ela mesmo de frente para o espelho. Olha que maravilha! Minha menina saiu vitoriosa do banheiro com um sorriso de orelha a orelha e um pouquinho de sangue escorrendo na boquinha. Um daqueles momentos da vida que são tão naturais, um pouco nojentos (rs) e sempre marcantes.

O que me fez pensar em outros desses momentos. Que são parecidos e, em uma escala crescente de importância, marcam o nosso desenvolvimento. O 1º dente que nasceu. O 1º dente de leite perdido. A 1ª menstruação. A 1ª gravidez, o 1º parto. Criança. Mocinha. Mulher. Mãe. E não para por aí.

E fiquei pensando como que, desde a infância, somos desafiadas a encarar esses momentos com todos os desafios que eles nos trazem. Não é fácil esperar. O corpo é sábio. As intervenções às vezes mais atrapalham do que ajudam. E isso se aplica a todos esses momentos.

A criança que ainda não perdeu o dente tem pressa de alcançar as coleguinhas que já perderam. Ela se sente excluída, quer crescer, quer “ser” grande. Alice em sua expectativa, me fez lembrar de quando eu era mocinha, de como sofriam as amiguinhas que ainda não tinham menstruado, quando todas as outras já tinham. E as que menstruavam primeiro diziam: “ah, você tem sorte de não ter menstruado ainda, é um saco!” (visualiza uma menina de 13 anos falando isso!), com aquele pontinho de orgulho disfarçado (mas nem tanto) por já ter passado por uma experiência que a outra ainda não passou. E, nos dois casos, não há nada a fazer, a não ser esperar. Esperar a natureza, esperar o corpo amadurecer, esperar chegar a sua hora – aquela hora que é única e não segue, necessariamente, um padrão.

Até que algum dia, a coisa simplesmente acontece. E como é boa a sensação de ter esperado, como é boa sensação de ver o seu corpo responder, na hora certa. Assim como na primeira menstruação, assim como na primeira gravidez, no primeiro parto. Esperar o bebê esperado… descobrir um bebê inesperado (mas querido!). Ver que o corpo (que louco!) não obedece a nossa cabeça e tem seu tempo próprio de nos responder.

Nessas horas agradeço a Deus por ser mulher, que privilégio ter esse contato íntimo com nosso corpo e poder passar por essas transformações tão significativas. E agradeço pela minha pequenininha, que hoje viu seu corpinho responder de forma tão singela à sua expectativa e pôde, ela mesma – cheia de coragem (empoderada?) – ser a personagem ativa deste momento, arrancando com suas próprias mãozinhas o seu primeiro dentinho. Não era um bebê, era só um dentinho (rs). Mas meus olhos se encheram de lágrima de ver minha pequena protagonizando uma das tantas transformações pelas quais ela ainda vai passar. Todas envolvem um grau de espera, de surpresa, de conhecimento do corpo, de coragem e marcam nossas vidas pra sempre, levando as coisas velhas e trazendo as coisas novas. E que venham os dentinhos permanentes!

Califórnia com crianças – Dias 09, 10 e 11 (Disney California – Anaheim)

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser acompanhar desde o início, a primeira parte do relato, está aqui.

Dia 09, 10 e 11 – Disney Adventure California e Disneyland

No dia anterior, iniciamos o segundo trecho da nossa viagem, que fizemos a bordo do motorhome. Você pode ler o relato anterior nesse link.

Assim que pegamos o motorhome, em Long Beach, partimos para a cidade de Anaheim, onde ficamos os próximos 3 dias, para ir aos parques da Disney Califórnia.

Escolhemos estacionar no Anaheim Harbor RV Park , que fica bem perto dos parques e tem uma boa infraestrutura. Como foi a primeira vez que viajamos de motorhome, achamos mais seguro e fácil estacionar em locais próprios (chamados de RV Parks), que tem estacionamentos delimitados, com ponto de água, luz e esgoto em cada vaga. Além disso, os locais que ficamos tinham também banheiros externos (com água quente), um pequeno escritório, uma lojinha de conveniência, lavanderia com maquinas self-service (que, inclusive, utilizamos, nesse resort de Anaheim) e às vezes um salão de jogos, piscina e outros itens de lazer. São lugares simples, lembram o esquema dos campings brasileiros (aqueles bem organizados), só que predominam os motrhomes (quase não vimos pessoas em barracas).

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Anaheim Harbor RV Park – olha nosso motorhome estacionado à direita!

Esse RV park de Anaheim, especificamente,  era bem organizado e relativamente pequeno, então penso que é recomendável fazer a reserva antes para garantir uma vaga. Tínhamos feito a reserva, pelo site, o que se mostrou muito útil, já que chegamos ao local já de noite e o escritório estava fechado. No entanto, embora não tivesse ninguém para nos receber, havia um envelope com nosso nome colado na porta do escritório, com todas as informações que precisávamos ali dentro. Fiquei encantada com a organização do local e depois descobri que essa é uma prática padrão (o que não diminui o encantamento) nos RV Parks e super interessante. Os americanos sabem bem como fazer esse esquema de self-service, e essa é uma característica que eu adoro no país.

Assim que chegamos, portanto, foi só estacionar nosso motorhome (só!) e descansar. No dia seguinte acordamos cedo e partimos para a maravilhosa atividade do dia: conhecer os parques da Disney California.

Nós já tínhamos ido com as crianças na Disney de Orlando, há 3 anos atrás, mas foi como se fosse a primeira vez. Com as crianças um pouco maiores, curtimos ainda mais e foi realmente super divertido. Acho que a idade deles de agora (4 e 6 anos) foi bem propícia, pois já não são bebês, mas ainda são bem crianças e curtem coisas de criança. Levamos o carrinho duplo (aquele que falei no primeiro post, lembram?), que foi muito útil, pois conseguimos rodar o parque inteiro (as vezes mais de uma vez) e quase todos os dias ficamos da hora de abrir até a hora de fechar.

A Disney da Califórnia tem apenas dois parques: o Disney California Adventure Park e o Disneyland Park. O Disneyland lembra muito o Magic Kingdom, um pouco menor. Já o Adventure mistura atrações dos outros 3 parques de orlando (Epcot, Hollywood Studios e Animal Kingdom) com outras atrações inéditas. Não sei dizer qual o melhor, mas, na nossa experiencia, curtimos mais o Adventure (tanto é que foi o que decidimos repetir).

Optamos por comprar o ticket de 3 dias, com um parque por dia (3-Day Ticket with Admission to 1 Park Per Day). No site da Disney tem outras opção de tickets, você pode escolher a quantidade de dias e, ainda, se quer a possibilidade de poder trocar de parque no mesmo dia (a opção Park Hopper), mediante o pagamento de um pequeno adicional. Na experiência que eu tinha (que era baseada na Disney de Orlando), achava a ideia de trocar de parque no meio do dia surreal, especialmente porque os parques são enormes e distantes uns dos outros. Por isso eu nem cogitei comprar o ingresso com essa opção. Entretanto, analisando agora a opção, penso que na Disney da Califórnia isso pode ser feito com certa tranquilidade, pois, além dos parques serem menores, são colados (a entrada inclusive é unica). Pra quem conhece apenas Orlando, o esquema é parecido com os parques da Universal, onde você estaciona, entra no local e depois escolhe pra que lado vai (um parque vai pra direita e o outro para a esquerda).

Como são dois parques e tínhamos ingressos para 3 dias, decidimos fazer um parque por dia e, no terceiro dia, escolher o que mais gostamos para repetir. No primeiro dia fomos ao California Adventure. No segundo, ao Disneyland. No terceiro, em unanimidade (graças a Deus), escolhemos voltar ao Califórnia Adventure, onde pudemos repetir os preferidos e assistir à parada da Pixar (excelente!!), que não tínhamos conseguido ver por coincidir com o horário do show da Frozen que vimos no primeiro dia (excelente também!!).

Para ir e voltar do parque, utilizamos um serviço de Shuttle (ART Pass) que é oferecido em vários hotéis de Anaheim. O ingresso era vendido no escritório do nosso RV Park e os ônibus passavam em frente a cada 20 minutos. Na volta, era só irmos ao local onde fomos deixados (tinha um numero especifico no “ponto”) e pegar o transporte no sentido contrário. O ultimo ônibus sai 1 hora depois que os parques fecham. Os passes custavam 5 dólares ida e volta (e 2 dólares para criança), comprando para varios dias tinha um desconto (não me lembro quanto). Achamos o serviço muito bom e valeu super a pena, pois alem de não precisar desconectar o motorhome todos os dias, não precisávamos pagar o estacionamento dos parques, além da comodidade de ser deixado na porta da Disney (enquanto que os estacionamentos eram mais afastados).

Também foi interessante começar a viagem dessa forma pois tivemos a oportunidade de nos familiarizar com o motorhome e seus “esquemas” antes de sair saracoteando por aí. Foram três dias maravilhosos e que vão deixar saudades (como tudo nessa viagem, né)!

No 12º dia, deixamos Anaheim e seguimos em direção a Los Angeles, para conhecer a cidade e seus arredores.

Califórnia com crianças – Dia 08 (dia de pegar o Motorhome)

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser acompanhar desde o início, a primeira parte do relato, está aqui.

Dia 08 – Dia de pegar o motorhome

Como já tinha mencionado no primeiro post sobre a viagem, um dos objetivos da nossa viagem à California era viajar de motorhome. Desde o momento em que idealizamos a viagem, sempre pensamos em incluir o motorhome no nosso passeio, ainda que não soubéssemos exatamente como fazê-lo.

Pesquisamos bastante na internet e lemos dezenas (talvez centenas, rs) de relatos de viagens de motorhome, seja pela Califórnia ou em outros lugares dos Estados Unidos, e estávamos convencidos de que queríamos ter esta experiência, com as crianças. E, claro, convencemos elas de que isso era o máximo (e não é?). Então, antes mesmo que tivéssemos marcado a viagem, as crianças já conversavam sobre motorhome e a viagem que faríamos. Quando marcamos a passagem (quase um ano antes), começamos a pesquisar mais concretamente, envolvendo-os na expectativa do que viria.

No entanto, como nunca tínhamos usado um motorhome, não sabíamos se iríamos nos adaptar e tínhamos dúvida se não poderia ser uma cilada – uma daquelas coisas que dá mais trabalho do que prazer. Por via das dúvidas, decidimos que não faríamos a viagem inteira no motorhome e começamos a trabalhar com ideias de roteiro que envolvessem parte da viagem de forma tradicional (carro + hotel) e parte no motorhome.

De acordo com as nossas pesquisas (o que confirmamos na prática), a maior dificuldade com o motorhome seria estacioná-lo nas cidades grandes. Assim, a primeira ideia que tivemos foi  deixar o motorhome no meio do roteiro. Faríamos San francisco e Los Angeles de carro – e o trecho entre uma e outra de motorhome. Ainda acho que seria uma boa ideia, porém, na pratica, não conseguimos realizá-la. Isso porque tivemos muita dificuldade em encontrar empresas que alugassem o motorhome entre uma cidade e outra (fazendo a rota “one way” – pegando o carro em San Francisco e devolvendo em Los Angeles). A maior parte das empresas não ofereciam essa opção e as que ofereciam cobravam um taxa extra absurda (na realidade, extorsiva – já que a taxa era maior do que o próprio preço do aluguel), de forma a inviabilizar o plano original. Depois de quebrar a cabeça por semanas, descartamos algumas possibilidades: não queríamos estar com o motorhome durante nossa estadia em são francisco, não queríamos ficar menos que 5 dias no motorhome, não queríamos descer a Los Angeles e depois voltar pra São Francisco (pois nosso voo de volta era saindo de Los Angeles). Optamos, então, por dividir nossa viagem em duas etapas: fizemos os primeiros 7 dias de carro (6 noites) e os 9 dias seguintes no motorhome (8 noites), reservando o motorhome para retirada e devolução em Los Angeles.

Optamos por alugar na Cruise America , que foi a empresa que ofereceu a melhor tarifa para o tipo de carro e o periodo/local que escolhemos. Para pesquisa dos preços, utilizamos os sites Family Road Trip e Motorhome Republic, que são sites de busca especializados em veículos recreacionais (chamados RV’s ou motorhomes). Fechamos com a Cruise America pelo Motorhome Republic e o preço ficou excelente (pagamos cerca de 350 dólares pelas 8 diárias, antecipadamente – além de uma taxa adicional que você paga na devolução, de acordo com a quantidade de milhas percorridas, que no nosso caso ficou cerca de 100 dólares a mais). O veiculo que alugamos foi o modelos standard, feito para até 5 pessoas. Olha ele aqui.

Já de antemão destaco que a viagem de motorhome não é, a princípio, muito mais barata que a viagem tradicional, no esquema carro popular + hotel barato. Acho que se colocar na ponta do lápis fica elas por elas. Porque, além do aluguel, você precisaria contabilizar tudo o que se gasta com o motorhome: gasolina a mais (muito a mais), estacionamentos mais caros (em alguns lugares, até 3 vezes mais caro para motorhome que para um veiculo comum), pernoite em campings (cerca de 50 dólares a noite), abastecimento de gás propano (usado para o aquecimento ou ar condicionado do veículos). Mas, a experiência em si é completamente diferente e vale muito a pena, independentemente da economia.

No nosso caso, o objetivo não era apenas economizar (o que, com certeza é bem vindo), mas curtir uma experiencia diferente – meio DIY (do it yourself) e, principalmente, uma aventura inesquecível com as crianças! E, nesse ponto, acertamos em cheio! Tenho certeza de que nenhum de nós vai esquecer essas férias!

Voltando ao roteiro, nesse oitavo dia, fomos de carro de Santa Barbara até Long Beach (cidadezinha próxima a Los Angeles, onde fica o escritório / depósito da Cruise America). Entregamos o carro no aeroporto de Long Beach, que era o local mais próximo, e seguimos para o local da retirada do mortohome em um “transfer” que contratamos no aeroporto, na hora que chegamos mesmo, por indicação do rapaz que recebeu nosso carro no deposito da Alamo.

Chegando ao local da Cruise America, não tivemos maiores dificuldades, a reserva estava feita e confirmada (inclusive, já paga) e passamos aos trâmites para retirar o carro (inspeciona o veiculo, preenche uma papelada, uma pequena aula a respeito do carro). Tudo isso feito pelo meu ilustríssimo esposo, enquanto eu entretinha as crianças numa parte com sombra (só me lembro do calor de 30 graus que fazia!! rs).

Com nossa nova “casinha sobre rodas”, partimos para o nosso proximo destino: Anaheim, (onde fica a Disneylandia!). Cansados, um pouco apreensivos, mas animadisimos!! O sorriso na cara de Alice e André quando viram e entraram no “nosso” motorhome estarão com certeza na lista de memorias que nos aquecem o coração para o resto das nossas vidas.

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nossa casa pelos próximos 9 dias!

Califórnia com crianças – Dia 07

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser ler desde o início, a primeira parte do relato, está aqui.

Dia 07 – de Monterey a Santa Barbara

Esse trecho da viagem era um dos mais esperados por nós, pela beleza das paisagens que encontraríamos. Como meu marido é fotografo, estávamos bem empolgados para as fotos maravilhosas que poderíamos tirar – e a realidade não nos deixou decepcionados, a expectativa foi fielmente atendida por paisagens cenográficas ao longo de toda a estrada.

No dia anterior, tínhamos conhecido Monterey, mas ainda não tínhamos ido a Carmel, a cidade vizinha charmosíssima. Assim, o plano para o dia 07 era acordar cedo,  tomar café da manhã e partir para Carmel, em primeiro lugar. De lá, começamos a “road trip” mais longa da viagem – de Carmel a Santa Bárbara (destino final do dia) são cerca de 400 km pela costa.

Logo depois de Carmel começa o trecho conhecido como BIG SUR – são aproximadamente 50 km de paisagens lindas, com várias possibilidades de paradas para fotos e contemplação. Se você estiver fazendo um roteiro bem “livre”, pode simplesmente ir rodando neste trecho e parando quando sentir vontade. Do lado direito da pista (que é a mão pra quem vai no sentido São Francisco – Los Angeles) tem inúmeras paradas à beira da estrada e você vai ver carros parados em todas – ou quase todas.

No nosso caso, como estávamos com duas crianças pequenas (4 e 6 anos), sabíamos que não poderíamos ficar parando de 10 em 10 minutos, para não estender demais a viagem de carro, que já seria bem longa pra eles. Então, antes de partir, fiz uma pesquisa das paradas mais populares e escolhi 6 delas para chamar de nossas. Além dessas 6, paramos em mais alguns lugares, quando tínhamos vontade (mais uns 2 ou 3), mas não me importei em anotar os nomes, fui no “olhômetro”.

As paradas que fizemos previamente escolhidas foram:

1 – Garrapata Beach
2 – Bixby Bridge
3 – Julia Pfeiffer Burns State Park
4 – Big Creek Bridge
5 – Gamboa Point
6 – Sand Dollar beach

Fui acompanhando o trajeto pelo mapa do celular (lembra que falei do maps.me?) e localizando as paradas que eu queria. Outra dica, se você tiver paciência (e tempo) é escolher pelo Google Earth as paisagens que deseja ver e anotar as coordenadas. Depois, é só colocar as coordenadas no GPS e seguir tranquilo, sem medo de errar.

Dá uma espiada em algumas das coisas que a gente viu nesse dia:

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Passeio em Carmel no inicio do dia

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Bixby Bridge

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Vista da praia em frente ao Julia Pfeffer Burns State Park

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Big Creek Bridge

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Paradinha para foto – na trilha da Sand Dollar Beach – e conseguimos sorrisos!! rs

Em uma das paradas (mais especificamente no Julia Pfeiffer Burns State Park), aproveitamos pra esticar as pernas um pouquinho, ir ao banheiro (era horroroso, mas era o que tinha) e fazer um picnic com lanchinhos que tínhamos levado (biscoito, água, suco, frutas – comprados numa loja de conveniência de um posto de gasolina, antes de sair).

Mais tarde, após fazer toda a Big Sur, seguimos pela costa até San Luis Obispo, cidadezinha que queríamos conhecer. Se você tiver mais dias (pelo menos um dia a mais no roteiro), vale a pena fazer uma parada e dormir em San Luis Obispo, pra conhecer melhor a cidade. Como não tínhamos e já era de tardezinha, apenas andamos um pouco pelo centro e escolhemos um lugar para comer (não me lembro o nome do lugar – mas era tipo uma steakhouse, que servia sanduíches e costelas/ribs – que foi o nosso pedido). Alimentados e descansados, voltamos à estrada em direção a Santa Barbara.

Encerramos nossa road trip do dia em Santa Barbara, onde nos hospedamos no Lemon Tree Inn. Fiz a reserva pelo booking, com a opção de pagar no hotel (na época, paguei 95 dolares a diária e achei um bom custo beneficio). O hotel é simpático, bem grande, os quartos são antigos mas em boa forma, limpos e organizados. Tem bastante lugar para estacionar e é bem localizado. Infelizmente, estávamos muito cansados e não conseguimos curtir a cidade, vai ter que ficar pra uma próxima. No dia seguinte acordamos cedo e logo saímos em  direção à nossa próxima aventura: de motorhome em Los Angeles!

Califórnia com crianças – Dia 06

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser ler a primeira parte do relato, está aqui.

Dia 06 – Quarto dia em São Francisco / Saída para Monterrey

No quarto e último dia em San Franscico, acordamos cedo para pegar a estrada.

Após um delicioso café da manha no Mel’s (uma rede de lanchonete com filiais em varios locais da California, super charmosa, com decoração e cardápio estilo retrô), seguimos em direção a Monterey.

Se você tiver a oportunidade de ir em alguma filial dessa rede, vá. Tudo é gostoso e muito típico pra se sentir um americano à moda antiga. Pedi um dos especiais do dia, que era “eggs benedict” (Ovos Beneditinos, em português) e estavam deliciosos!

O trajeto de São Francisco a Monterey demora aproximadamente 3 horas. Fizemos pelo caminho mais rápido (que não vai o tempo todo pela costa, mas segue a Highway) e não pegamos trânsito. Chegando em Monterey, fomos direto ao Aquário, que era nossa principal atividade do dia.

O Aquário de Monterey é maravilhoso. Infelizmente, era domingo, então estava bastante cheio. Creio que muitas pessoas devem ir a Monterey e Carmel no final de semana e aproveitam pra ir ao aquário. Mas, isso de maneira nenhuma invalidou o passeio, muito pelo contrário, nós adoramos e ficamos – pra variar – muuuuitas horas lá.

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Mais uma vez, passamos o dia com lanchinhos (alguns que eu levei na mochila, outros compramos na lanchonete do aquário, que é boa e variada) e na saída estávamos mortos de fome.

Daí esticamos nosso passeio e fomos conhecer o pier de Monterey, que é um charme. -Passeamos pela rua principal e escolhemos fazer o nosso almo-janta no Johny Rockets, que é uma lanchonete de rede nos Estados Unidos, famosa pelos hambúrgueres maravilhosos e pelos milk-shakes (eu, particularmente, amo o de oreo!! e adorei apresentar minha preferência aos meus pirralhos, rs…).

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Fim de tarde no pier de Monterey

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Foi um dia muito agradável e divertido. Chegamos ao hotel cansados, mas alegres. O hotel que escolhemos para nos hospedar foi o Lone Oak Lodge, que foi uma grata surpresa!! A atendente no balcão era simpaticíssima, nos recebeu super bem e nos acomodou em uma suíte um pouco maior, que estava disponível, gratuitamente. Essa suíte tinha dois quartos, um banheiro enorme e até uma cozinha. Tudo o que uma família precisa. O hotel é organizado, limpo, charmoso, ótimo custo benefício. Adoramos Monterey, pena que ficamos tão pouco tempo! Se Deus quiser, voltaremos.

Califórnia com crianças – Dias 04 e 05

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser ler a primeira parte do relato, está aqui.

Dia 04 – Segundo dia em São francisco 

Sempre que monto um roteiro, faço um esboço do que gostaria de fazer em cada dia, mas deixo bastante espaço para mudanças. Uma boa ideia, especialmente com viagens mais longas, é organizar alguns dias de passeios ao ar livre e outros de passeios em locais fechados, de modo que as programações possam ser “trocadas”, de acordo com o tempo, caso necessário. O que também costumo fazer é uma lista de programas “alternativos” em locais fechados, caso sejamos surpreendidos com uma chuva inesperada no meio do dia.

Seguindo essa lógica, como o tempo amanheceu chuvoso no nosso segundo dia em São Francisco, optamos por fazer um programa em local fechado e resolvemos ir ao Exploratorium Museum (que originalmente eu tinha programado para o dia 03). E foi maravilhoso!

Eu super recomendo a ida com crianças a esse museu. Trata-se de um museu de ciência, feito para ser explorado (como o próprio nome sugere) por crianças e adultos. Lá, ao contrário de outros museus propriamente ditos, a ordem é TOCAR nas coisas. Tudo é feito para tocar, mexer e explorar e as crianças simplesmente amam isso. Nós nos empolgamos e ficamos vaaarias horas lá dentro. A visita pode ser feita em 2-3 horas se você estiver com pressa, mas se quiser olhar tudo com calma, programe o dia inteiro! Nós fomos logo pela manhã e ficamos mais de 6 horas por lá. Apenas fomos embora porque o tempo do parquímetro havia acabado, rs… (isso porque meu marido foi ao carro renovar o tempo original de 3 horas – por mais 3 horas).

 

Tem um restaurante dentro do museu, mas não achamos nada que nos interessasse, então ficamos apenas “beliscando” os lanchinhos que eu tinha levado na mochila. À tarde, quando saímos, passamos em uma filial do Whole Foods (que é um supermercado bem legal, com várias opções de comida fresca e saudável) e “almoçamos/jantamos”. Essa filial tinha, alem do mercado comum, um self service com comida já pronta (uma variedade boa, com muitas saladas) e balcões onde vc pode pedir pizza, sanduíches e outras opções para levar. Como praticamente tudo nos Estados Unidos, tudo bem rápido e prático para levar. Para nós, que íamos ficar (e não levar), a opção não foi tão boa, já que não tem muitas mesas e as embalagens e talheres são descartáveis. Então, acho que o lugar é bom pra quem pretende comprar coisas pra levar pro hotel, se tiver uma cozinha ou copa que possa ser utilizada.

Antes de retornar ao hotel, fizemos um passeio de carro pela Union Square e seus lindos quarteirões, passamos por Chinatown para conferir, mas optamos por não descer pois estava chovendo bastante.

 

Dia 05 – Terceiro dia em São Francisco

Nosso terceiro dia em São Francisco era um sábado. Nesse dia, retornamos ao Golden Gate Park para conhecer a California Academy of Science, que é … uma espécie de museu / aquário / centro de ciência. Sim, como você pode perceber, nós adoramos esse tipo de lugar, kkkkk… (é isso que dá quando dois nerds se casam e resolvem procriar).

O lugar é bem legal, super organizado e tem muitas coisas interessantes para as crianças (e para os adultos), especialmente no que diz respeito a bichos e plantas em geral. Mas se você não compartilha desse gosto por museus e afins e quer fazer apenas um desses programas durante sua estadia em São Francisco, eu aconselharia você a não deixar de fora o Exploratorium, que é muito mais interessante e diferente. Mas, se puder, faça os dois.

Tanto o Exploratorium quanto a California Academy of Sciences estão incluídos no City Pass, que nós adquirimos. No nosso caso, valia a pena, pois o preço das atrações em separado ficava maior do que o preço do City Pass (fomos em 3 atrações incluídas: o Exploratorium, a California Academy of Sciences e o aquario de Monterrey). Como eu tinha certeza que queria ir nos 3, pelo menos, preferi adquirir antecipadamente . No site do City Pass tem a relação das atrações incluídas, tudo bem explicadinho, vale a pena conferir.

 Saindo do parque, fomos, de carro, rumo a Sausalito, passando pela primeira vez na Golden Gate. Paramos em um dos “vista point” para fotos (procure no seu mapa ou GPS por “vista point”, o meu tinha varias opções) da baía e da famosa ponte dourada (que, como bem observou Alice, é laranja, rs).

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Após as fotos, seguimos e estacionamos em Sausalito (uma cidade fora de São Francisco, no litoral ao norte) onde passamos o final da tarde. Achei um o lugar agradável, bem charmoso, com lojinhas e restaurantes interessantes. Como era sábado, o local estava bem movimentado (mas não cheio, agradável). Confirmando o que eu já tinha ouvido falar, não é um lugar imperdível (especialmente pra quem vai continuar a viagem pela Califórnia e passar por dezenas de outros lugares à beira mar bem parecidos), mas achei uma boa opção de lugar pra ir após atravessar a ponte de carro (coisa que queríamos fazer).

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Enquanto Dedé dormia…

Esse relato continua…

Califórnia com crianças – Dias 01, 02 e 03

Obs: esta é uma continuação do relato da nossa viagem pra Califórnia em outubro de 2016. Se você quiser ler a primeira parte do relato, está aqui.

Na primeira parte da viagem, optamos por alugar um carro e dormir em hotéis. O critério para escolha dos hotéis foi, como sempre, o que oferecesse o melhor custo-beneficio. Além disso, eu precisava que fosse bem localizado e que aceitasse duas crianças no mesmo quarto que os adultos. Para comportar toda a família, escolhi quartos com duas camas duplas (queen).

Alugamos o carro pelo site da expedia, pela Alamo, pegando no aeroporto de San Francisco e devolvendo no aeroporto de Long Beach (que era mais proximo de onde pegariamos o motorhome, na segunda parte da viagem). Se voce for fazer a viagem só de carro, melhor devolver no lugar onde você for por último (por exemplo, no aeroporto onde pegará o voo de volta).

Em São Francisco, ficamos no Lombard Plaza Motel. O esquema que uso para fazer a reserva: pesquiso em varios sites de reserva para ver o melhor preço e condição de pagamento (Hoteis.combooking.comExpedia.comHotwire.com). No caso especifico de San Francisco, fechei pela Hoteis.com, pois o preço era o mesmo com a vantagem de pagar em real, no cartão de crédito, sem IOF.

Gostamos do hotel, é bem localizado e os atendentes no balcão são atenciosos e solícitos. O quarto é limpo e confortável, apesar de BEM pequeno. Tem duas camas de casal, frigobar, televisão e até uma cafeteira. Se quiser ver a resenha que fiz dele no Trip Advisor, está aqui. Aliás, essa é também uma boa dica para escolher um hotel, sempre dar uma olhada nas avaliações mais recentes do Trip Advisor para ver o que as pessoas estão dizendo sobre ele. Em geral, não ligo muito para avaliações negativas do tipo “eu esperava mais” ou “não vale o preço”, pois dependem muito do que a pessoa que viajou estava esperando. Mas, quando leio alguma coisa mais grave do tipo “o banheiro estava imundo”, “achei uma camisinha usada em cima da cama” ou “fui assaltada na porta do hotel”, costumo descartar a possibilidade de ficar ali.

Pois bem. No dia em que chegamos a São Francisco, apenas fomos ao walmart mais próximo (que, alias, não é nada próximo) pegar as compras que eu tinha feito pela internet (carrinho e cadeirinha para as crianças), aproveitamos para nos abastecer com itens basicos (agua, biscoitos, frutas, iogurtes, sucos e coca cola), e comprar dois casacos para as crianças. Ainda rolou comprar o presente de dia das crianças de cada um (era dia 12 de outubro! Dia das crianças!) e terminamos o dia descansando no quarto do hotel.

O dia seguinte, portanto, foi o nosso primeiro dia de verdade em São Francisco.

Acordamos cedo e fomos passear a pé pelos arredores do hotel, em direção ao Pier 39 e Fisherman’s Wharf. É uma boa caminhada, mas foi bem tranquilo com as crianças no carrinho. A região é linda, fomos pela orla, curtindo a vista e o dia maravilhoso friozinho e com sol (adoro!).Tomamos café da manhã em um Starbucks que passamos pelo caminho e voltamos também caminhando em direção à Lombard Sreet.

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no carrinho é moleza, né?

Meu plano era voltar pela Lombard Street ate chegar no hotel. Mas o que eu não estava planejando era o tanto de ladeira que tinha pelo caminho! É muita ladeira!! Asim, a caminhada de volta não foi tãaao tranquila, mas muito animada (tipo: “desce aí cambada, vamos subir essa ladeira andando que seu pai não aguenta empurrar 40 kilos a mais ladeira acima não”!! kkkkkk). A vantagem é que topamos com aquela parte “famosinha” da Lombard (em zigue zague), meio sem querer,  e já adiantamos um ponto turístico que queríamos conhecer.

Aliás, anota aí a dica: a Lombard Street é uma rua enorme. Se você quer ir conhecer só essa parte do zigue-zague (que aparece em fotos e filmes), procure no mapa o trecho da Lombard Street que fica entre a Hyde St. e a Leavenworth St.

Dica paralela: se você não tiver pacote de dados no exterior (como era meu caso), baixe previamente no seu celular um aplicativo de mapas que funcione sem internet. Eu uso o “maps.me” e gosto muito.

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subindo as escadinhas enquanto o papai leva o carrinho

Descansamos um pouco no quarto do hotel e saímos de carro em direção ao Golden Gate Park. Esse parque é maravilhoso, vale super a pena conhecer. Muito agradável para caminhar, alem de ter atrações como: Pedalinho no Stow Lake, Jardim Japonês, Conservatório de Flores e ainda a California Academy of Sciences (que nós fomos em outro dia). Fomos caminhando até chegar ao Koret Children’s Quarter, um playground maravilhoso, que as crianças amaram. Eu já tinha pesquisado sobre ele na internet e tinha anotado para procurar quando fossemos no parque. Eles brincaram por vários minutos (horas?) e se divertiram bastante. Nem preciso dizer qual foi a parte favorita do dia que eles escolheram para desenhar à noite, né?

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Na volta para o hotel, vi uma placa da Target no meio do caminho e resolvemos dar uma paradinha. Não achei nada de interessante, mas bem perto da Target tinha uma Best Buy (loja de eletrônicos) e uma Ulta (loja de cosméticos), então gastamos nossas últimas energias dando uma olhadinha (e compradinha básica). Encerramos o dia com um jantar numa unidade do Panera Bread, no mesmo “centro” comercial.

Foi um dia delicioso!

Califórnia com as crianças – relato de viagem

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Esse ano nós fizemos uma viagem que há muito planejávamos: fomos passar 15 dias na Califórnia. O sonho era antigo e estávamos apenas esperando as crianças crescerem um pouco para ficar na idade ideal para encarar essa aventura, que envolvia alguns desafios para crianças pequenas: vários dias na estrada, várias cidades, motorhome e Disneylandia.

No final do ano passado achamos que, quando André fizesse 4 anos e Alice, 6 anos, seria um bom momento. Assim, quando a primeira promoção de passagem para os Estados Unidos apareceu, nós compramos e começamos a planejar a tão esperada viagem pra Califórnia.

Por que a Califórnia? Como disse, era um lugar que queríamos conhecer e queríamos levar as crianças, por achar que elas aproveitariam muito. Queríamos fazer o roteiro tradicional, com as belas vistas da Highway 1, mas também queríamos conhecer os parques da Disney Califórnia, então tentamos misturar coisas do interesse dos adultos e das crianças para montar um roteiro legal para toda a família.

Acho que a escolha do roteiro foi acertada, assim como a escolha do momento da viagem. As crianças curtiram muito e não deram tanto trabalho como crianças menores costumam dar. O mais novo, já com 4 anos, ultrapassou aquela etapa das birras (o tão falado “terrible two”) e os dois já têm certa autonomia e resistência para encarar algumas adversidades que um roteiro longo e com várias cidades pode exigir. Acho que, da forma como fizemos, a viagem é ideal para crianças de 4 a 9 anos (mais velhos do que isso podem achar meio entediante algumas programações de crianças pequenas que fizemos; mais novos do que isso talvez não aproveitem tanto ou não se adaptem a tantas mudanças de cidade e à vida dentro de um motorhome). Mas tudo isso é bem relativo e varia muito de família para família, claro.

Uma coisa que nos ajudou bastante em toda a viagem foi o carrinho duplo que compramos pela internet e pegamos no primeiro dia que chegamos em São Francisco. Como gostamos muito de caminhar, percebemos que isso talvez pudesse ser um desafio para as crianças, que se cansam com facilidade, o que atrapalharia a dinâmica da viagem (eu gosto de manter o ritmo frenético!, rs). Escolhi um carrinho que coubesse as duas crianças e preferi esse modelo (a foto esta logo abaixo) do que aquele de gêmeos, mais prático para passar nas portas mais apertadinhas. Usamos todos os dias, valeu super a pena!

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sim, eles são lindos! E são meus! rs

Outra coisa que ajudou demais foi relaxar e curtir o momento, sem grandes expectativas. Em viagens internacionais, costumo planejar roteiros detalhados e bem preenchidos, mas, desta vez, como íamos sozinhos com duas crianças relativamente pequenas, deixei o roteiro bem aberto (mais como uma sugestão) e íamos seguindo o ritmo que conseguíssemos. No final, conseguimos fazer quase tudo que queríamos, as crianças se saíram mais animadas e dispostas do que esperávamos e deu tudo muito certo. Sucesso total!

E o que deu errado? Bem, nada deu muito errado. Mas, essas foram nossas principais dificuldades com relação às crianças:

1) Alimentação. Eu já esperava dificuldades com a alimentação, especialmente do André, que é bem seletivo e não aceita experimentar coisas novas. Para evitar que ele comesse apenas oreo (ele adora!) e batata frita o dia inteiro, o que fiz foi comprar frutas (banana e maçã) e iogurte no Walmart, assim que cheguei. Assim, logo de manhã eu já dava duas bananas e um iogurte e garantia alguns nutrientes para encarar o dia. Nos restaurantes, ele aceitava, às vezes, beliscar umas tiras de frango empanadas (chicken strips ou chicken fingers, quase todos os restaurantes oferecem essa opção no “kids menu”) e umas batatinhas fritas e enchia a barriga de “chocolate milk”, que eu também achava com facilidade. Fora isso: sorvete, biscoitos e chocolates… porque isso ele aceita provar com uma facilidade incrível!

2) Estrutura: os Estados Unidos são bem preparados para crianças, então a dificuldade com estrutura quanto a isso foi praticamente zero. Encontramos banheiros limpos com facilidade, calçadas adequadas para passear com carrinho e vários locais com parquinhos e brinquedos para crianças ao longo do trajeto. Apenas em alguns restaurantes que não podíamos entrar com carrinho e tivemos que deixar do lado de fora, mas quase sempre ofereciam um cantinho adequado para guardá-lo. A única experiência ruim foi em um restaurante mexicano que tentamos ir em Sausalito, onde o garçom não aceitou que consumíssemos comida que não fosse comprada no local (eu tinha levado algumas coisas para as crianças, que não gostam de comida mexicana). Nós apenas levantamos e fomos embora.

3) Compras: realmente, fazer compras com as crianças não é muito agradável, especialmente porque eles cansam na primeira meia hora. As estratégias que usei: entrava nas lojas com o carrinho (colocava o cinto neles, para não “fugirem”); dava alguma distração nas mãos deles (como um joguinho no celular – poderia ser um tablet, se eu tivesse levado um); prometia algum “prêmio” ao final do dia em troca de um pouco mais de tolerância e paciência. Deu certo na maior parte das vezes, mas deixo bem claro que fizemos pouquíssimas compras, fomos em duas ou três lojas ao longo de toda a viagem, exceto o dia que passamos no Outlet de Camarillo (aí foi o dia inteiro, contarei com detalhes mais à frente).

Sobre o roteiro: De início, queríamos fazer a viagem de São Francisco a Los Angeles de motorhome, e por isso compramos a passagem chegando em São Francisco e voltando por Los Angeles. No entanto, quando fomos pesquisar o aluguel do motorhome, tivemos muita dificuldade em encontrar empresas que alugassem o motorhome em viagens “one-way” (pegando o carro em uma cidade e devolvendo em outra). As que encontramos cobravam uma taxa exorbitante, muitas vezes mais cara que o próprio aluguel do motorhome. Por fim, mesmo dispostos a pagar a taxa, não encontramos disponibilidade de veículos para o trecho e período que precisávamos. Assim, tivemos que optar por um roteiro em que teríamos que pegar e devolver o motorhome no mesmo local.

 Depois de muito quebrar a cabeça, resolvemos dividir a viagem em duas etapas: a primeira fizemos de carro, dormindo em hotéis; a segunda, de motorhome. Vou contar cada uma delas pra vocês.

Pra resumir, nossa viagem ficou assim estruturada:

Dia 01 – saímos do Brasil

Dia 02 – chegamos em São Francisco, pegamos o carro no aeroporto

Dias 03, 04, 05 –  São Francisco:

Dia 06  – saímos cedo de São Francisco em direção a Monterey. Dormimos em Monterey

Dia 07 – De Monterey a Santa Barbara, passando pela Big Sur e suas inumeras paradas. Dormimos em Santa Barbara

Dia 08 – descemos de Santa Barbara até Los Angeles, devolvemos o carro e pegamos o motorhome

Dia 09, 10 e 11 – Anaheim – 3 dias nos parques da Disney, pernoitando no motorhome

Dia 12 – Descemos de mortohome por Los Angeles, passando por santa Monica, até Malibu. Pernoitamos em Malibu.

Dia 13 – compras em Camarillo.

Dia 14 –  Legoland

Dia 15 – Los Angeles (Long Beach)

Dia 16 – Devolvemos o motorhome e pegamos o voo de volta

Dia 17 –  chegamos no Brasil

 Aos poucos vou detalhando os dias e o que fizemos em cada etapa da viagem. Espero que curtam!

Beto Carreiro – continuação

4º dia : quinta feira

Nesse dia, fomos ao Beto Carrero de novo. O dia estava bem agradável, choveu um pouco no final da tarde, apenas. O parque já estava um pouco mais cheio que o dia anterior, mas ainda agradável. Acho que se eu não tivesse visto como era na quarta, acharia este dia bem vazio.

Como tínhamos feito o lado esquerdo na quarta, começamos pelo meio em direção ao lado direito. Entramos pela área Madasgar , seguimos em direção ao Zôo e depois fomos ao passeio do trenzinho. Assistimos aos 2 shows que não tínhamos conseguido ir no dia anterior (Bloom e Madagascar Circus) e gostamos demais! Todos os dois valem muito a pena. Fomos pela 1000ª, 1001ª e 1002ª vez ao carrossel que fica na praça central (que é lindo, tem dois andares, pintado de dourado… mas é só um carrossel, rs). Ficamos com apenas uma pendência: não conseguimos ir ao Madagascar Crazy River Adventure, que é uma atração muito boa, uma super bóia que desce no “rio”. Deixamos  pra ir no final da tarde e quando chegamos na porta, começou a chover. A atração fecha na chuva por precaução (foi o que nos disseram) e nesse dia não parou mais de chover até a hora do parque fechar.

Aliás, esse é um ponto interessante no parque. Quando começa a chover quase todas as atrações abertas param de funcionar (eu diria todas, mas não vou me arriscar a ser tão absoluta…). Com isso, todas as pessoas do parque correm para as atrações fechadas (que são pouquíssimas) ou para a praça de alimentação (que é coberta). Então, nem adianta ser desencanado e dizer que não liga pra chuva (como eu digo, rs). Mesmo que você não ligue para pegar chuva e ficar molhado, se chover o dia todo, talvez você não possa fazer grande parte do parque.

O que fizemos nesse dia que você não pode perder (na minha humilde, mas nem tanto, opinião): o passeio de trenzinho ( que é bem legal, apesar de passar por áreas “estranhas” como o vale do dinossauro e esculturas de gosto duvidoso. A parte do show em que simulam um assalto ao trem e o beto carreiro carreiro chega para nos “salvar” é bem divertida! – tem que entrar no clima, rs); os shows Bloom e Circus; passear pela área Madagascar. Quanto ao Zoo, se você estiver com pouco tempo, pode pular sem dó, é bem “normalzinha”.

Ah, sim, almoçamos nesse dia no restaurante Ataliba (fica na parte de trás – do lado de fora – da praça de alimentação, bem em frente à bota do Beto Carrero). O esquema lá também é buffet por 34 reais por pessoa (crianças até 5 anos não pagam – mas comem, rs). Achei a comida gostosa, tem cortes de carne de churrasco, grelhados, arroz, feijao e batata frita pras crianças, fomos muito bem servidos.

Voltamos para casa na hora de fechamento do parque, debaixo de chuva e mortos com farofa.

5º dia : sexta feira

Na sexta feira, tiramos um dia de descanso do parque. Já tínhamos usado o ingresso de dois dias que tínhamos comprado e resolvemos voltar um terceiro dia (que acabou sendo o dia seguinte, o sábado).

Na sexta feira, o tempo estava bem fechado, ficamos em Balneário mesmo, fazendo programas mais tranquilos.

Pela manha, fomos à Barra Sul para pegar o passeio do Barco Pirata. O acesso é fácil, pela barra sul, tem um pequeno “porto” onde se compra o ingresso para o barco. Tem saídas de hora em hora ou de meia em meia hora, dependendo da época do ano. Fomos sem marcar nada, compramos o ingresso com facilidade e ficamos aguardando o embarque no parquinho que fica ao lado.

Sobre o passeio: é um passeio longo – entre ida, parada na Praia de Laranjeiras e volta se passam quase 2 horas. As crianças cansam um pouco, talvez se fosse curto seria mais interessante para crianças pequenas. Nós entramos cedo no barco (uns 20 minutos antes da saída) e eles estavam bem empolgados de passear num “barco pirata”. Mas antes mesmo do barco sair, já tinham acostumado com a ideia e nem estavam ligando mais… kkkkk… bem, fomos mesmo assim. Cabe uma pausa pra dizer que eu ODEIO barcos, passo muito mal, tenho uma labirintite do C4ssete e fico tontinha. Mas este par3ecia um barco enorme (geralmente, barcos grandes balançam menos) e eu resolvi encarar. Tomei um comprimidinho da minha sogra e fui! Nao adiantou nada, passei mal a viagem inteira e fiquei desconjurando a pessoa que teve esta brilhante ideia de fazer passeio de barco (no caso, eu mesma). Mas, tirando a minha óbvia opinião negativa a respeito do passeio, a maioria da família curtiu. Meu marido assistiu ao teatro que tem no convés (uma especie de simulação de luta pirata, com um toque de humor fraco – daqueles que te fazem rir de vergonha alheia). Alice (que tem 5 anos) parece ter curtido mais. Andre´ (com 3) pediu meu colo a viagem toda, reclamava de frio e me dizia que nao estava gostando do barco (desconfio que ele tambem se sita mal em embarcações como eu). Minha sogra sobreviveu, meio dopada, mas aparentava estar melhor do que eu. Enfim, nao me pergunte se valeu a pena, pra mim, nao valeu. Mas se vc for menos fresco e;ou tiver um filho;filha aficionado por piratas, eu acho que vale sim.

Depois que desembarcamos, passeamos mais um pouco pela orla da Balneario e fomos almoçar no restaurante Siri na lata (que fica mais pro lado norte), onde eu tambem tinha comprado a sequência e camarões pelo site do Groupon. Este é mais sequência mesmo, vem um prato de casa vez, varias preparações de camarão. O prato é muito gostoso e farto. Também fomos super bem atendidos no local, nenhuma restrição por ter comprado o cupom em site de compras coletivas. Tem estacionamento (pagamos 6 reais, sem restrição de horario, com manobrista). Nao tem nenhuma opção para crianças, mas sao amigaveis e compreensivos com os pequenos.

Depois do almoço fomos andar no calçadão , paramos um pouco e as crianças ficaram brincando na areia. Mais uma vez choveu no fim da tarde, então voltamos pro apartamento e aproveitamos pra descansar um pouco.

À noite saímos para uma pizza. Escolhemos a pizzaria ponto.com, onde tinhamos ouvido falar que tinha boa pizza e um bom espaço para crianças (uma combinação impecável para o nosso gosto, rs). Foi uma ótima dica! A pizzaria nao fica na orla, mas é bem próxima (5 minutos de carro). Tem um espaço Kids fechado, na piso superior, com monitora. [E um espaço simples, com alguns brinquedos, mas as crianças curtiram e nao queriam ir embora. André me pedia pra voltar lá nos outros dias. O esquema da pizzaria é rodízio  e a pizza é deliciosa, além de muito variada. Pagamos 44 reais por pessoa. Criança até 5 anos não paga. Fiquei com vontade de voltar lá.

6º dia : sábado

No sábado, resolvemos voltar ao Beto carrero, como eu tinha dito. Eu havia ligado, no dia anteiror, e feito a “reserva” dos ingressos por telefone. Vale a pena, pois na hora pegamos o guichê de quem já fez a reserva e, alem de não pegar fila, você paga o valor de quem compra antecipado (cerca de 20% a menos). Caso deixe pra comprar na hora você paga o ingresso “cheio”.

Indo no sábado consegui perceber bem a diferença de dia de semana e final de semana. No sábado estava bem mais cheio que os outros dias e o dia rendeu menos. Todos os brinquedos tinha fila (alguns mais, outros menos) e quando tentamos ir no show do Madagascar estava lotado e não podia mais entrar (chegamos em cima da hora). Portanto, se você não tem outra opção, vá no fim de semana, mas se programe: cehgue cedo, escolha as atrações que voce faz questao de ir, dispense as dispensaveis, chegue cedo se nao qusier perder os shows.

Fomos ao Crazy River e ficamos quase 2 horas na fila. Toda essa fila diminuiu bastante meu gosto pelo brinquedo, rs… mas ele é bem legal! Não podíamos mesmo deixar de ir.

Choveu novamente no final da tarde,  corremos pra praça de alimentação (lotada!) e acabamos indo embora um pouco mais cedo que a hora do parque fechar (cerca e 1 hora antes). Nesse dia, fomos acompanhados pelo meu irmão e minha cunhada, que moram em Florianópolis, mas nunca tinham ido ao parque. Foi um dia bem legal, mas acho que foi um pouco frustrante para eles que estavam indo pela primeira vez, porque definitivamente não dava pra conhecer o parque todo num único dia, especialmente sendo final de semana.

Nesse mesmo dia, à noite, fomos andar em Balneário Camboriú e procurar um lugar pra lanchar. Não fomos pra Orla e decidimos andar nos arreadores do apartamento. Achamos, por sorte, o passeio San Miguel – uma pequena rua de pedestres, que fica a uma quadra de onde estávamos. O lugar é muito agradável, com vários restaurantes e lanchonetes legais, curtimos bastante e ficamos com vontade de voltar outras vezes dias.

7° dia – Domingo

No domingo, fomos conhecer o zôo santur, em Balneário mesmo. É um parque zôo e botânico, pequeno, mas, bem agradável. Tem também um aviário, um aquário e um terrário (com várias cobras, aranhas e insetos). Um pequeno museu com ossadas e animais empalhados , muita variedade, as criança curtiram, ficamos vários minutos mostrando e explicando cada uma das coisas que estávamos vendo.

Ainda tem um pequeno (mesmo) museu de artesanato que Alice gostou muito. Tudo muito simplório, gente, mas esse é o encanto de viajar com crianças, não é? Todas as coisas parecem tão legais quando vistas pela primeira vez.

Dali fomos almoçar  e resolvemos voltar ao passeio San Miguel, que tinhamos ido no dia anterior. Comemos no Kombina Felice, um restaurante que originalmente era um Food truck e hoje fica estacionado lá. Gostamos muito.

André dormiu no carinho, então fomos até o apartamento e descansamos um bocado. Ao entardecer, saímos novamente e fomos ao Cristo Luz, que é um ponto turístico do local. As crianças se divertiram na pista de dança e tiramos algumas fotos. Foi divertido , mas é um lugar simples, não tem muito o que fazer. Custa 25 reais a entrada, à noite. De dia custa 13.

Voltamos (mais uma vez!!) ao Passeio San Miguel e comemos uma pizza bem gostosa no Pizza Bis. O local tem um pequeno espaço kids, bem agradável, o atendimento é otimo e a pizza é gostosa.

Ultimo dia : segunda feira.

Dia de ir embora. Não passeamos , só arrumamos as malas, almoçamos no restaurante mais próximo (muito ruim, por sinal), e fomos para o aeroporto. Fim das férias !! 😭